Projeto 5: Biodiversidade Noturna
Período: 01/06/2023 a 31/12/2023
Local de realização: Reserva Ecológica Mata da Prefeitura, Cristina-MG.
Responsáveis: Simone Policena Rosa (Coordenadora) e Thiago Vernaschi Vieira da Costa (Coordenador Adjunto).
Resumo
A região sul de Minas Gerais compreende várias porções da Serra Mantiqueira, muitas delas com forte potencial turístico e importância ambiental local e regional. O uso de percursos ecológicos como estratégias de estudo e aprendizagem tem sido incentivado de forma a promover a conservação ambiental. No entanto, em função do uso desordenado, despreparo dos usuários e falta de conscientização ambiental, tem-se aumentado a fragilidade de importantes ambientes, com sérias consequências ao solo, água, plantas, animais e comunidades. Considerando a necessidade de estudos relacionados a percursos ecológicos e a necessidade de conservação de ambientes naturais para a manutenção de importantes processos globais, foi proposto um projeto de extensão universitária pelo Grupo TrilhaZ, da UNIFEI, denominado Percursos Ecológicos como Estratégias de Aprendizagem e Extensão Universitária, registrado na Pró-Reitoria de Extensão da Universidade sob o número PJ149-2023. O projeto envolve vários subprojetos, incluindo o Biodiversidade Noturna. O projeto Biodiversidade Noturna tem como objetivo incentivar a prática de trilhas ecológicas durante a noite, preferencialmente orientadas por guias, para recreação e contemplação de aves, insetos e fungos bioluminescentes. De forma indireta, pretende sensibilizar a comunidade para a preservação dos ambientes naturais, chamando a atenção para uma forma de poluição pouco conhecida: a poluição luminosa, que interfere de forma negativa na biologia dos organismos noturnos, como os insetos e aves. O projeto envolveu discentes voluntários de extensão que ao longo das atividades tiveram a oportunidade de aplicar os conhecimentos aprendidos em múltiplas disciplinas da graduação.
Produto Final
Resultados Preliminares
Foram realizadas excursões exploratórias nas trilhas da Pedra Amarela e da Pedra da Estância em Itajubá (MG) e na Reserva Ecológica Mata da Prefeitura em Cristina (MG), com o a finalidade de analisar as condições da trilha, dos ambientes e as possibilidades de percurso ecológico no período noturno. Optamos pela Mata da Prefeitura em Cristina pela facilidade de acesso e maior segurança durante o percurso.
A Reserva Ecológica Mata da Prefeitura possui 181 hectares de mata nativa primária, do bioma Mata Atlântica. De acordo com informações da secretaria do meio, o principal acesso a essa reserva se faz limítrofe ao bairro Campo do Rosário, sendo que os outros acessos estão limitados a propriedades particulares, dependentes de autorização para transeuntes. O acesso ao local e coletas de insetos foram feitos mediante as autorizações da prefeitura e do ICMBIO (SISBIO).
Ao longo do projeto, os membros se reuniram para planejamento via Google Meet e realizaram duas oficinas: Diversidade de Vagalumes em 15/09/2023 e Diversidade de Aves Noturnas em 29/09/2023. As oficinas foram ministradas pelos alunos do curso Ciências Biológicas Licenciatura, Matheus Oliveira e Thaynara Marinho, tiveram como principal objetivo compartilhar o conhecimento sobre esses animais com os demais membros do projeto, para que todos pudessem reconhecer os organismos que seriam estudados ao longo das expedições noturnas. As oficinas foram divulgadas para toda a comunidade, assim tivemos a participação de ouvintes externos ao projeto: alunos de vários cursos e pessoas externas à UNIFEI. O Instagram foi utilizado para divulgação das ações do projeto, além de posts educativos sobre os vagalumes, aves noturnas e fungos. As atividades do projeto e os resultados parciais também foram divulgados em ações educativas para os estudantes do ensino fundamental e médio das escolas do município de Itajubá durante as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na UNIFEI e no Teatro Municipal da cidade.
Foram realizadas 3 excursões na Mata da Prefeitura: em 23/09, 21/10 e 11/11 . Nessas expedições, pudemos reconhecer por meio do canto pelo menos 5 espécies de aves noturnas, coletamos cerca de 14 espécies de besouros bioluminescentes (os vagalumes, pirilampos e trenzinhos) pertencentes às famílias Elateridae, Lampyridae e Phengodidae e uma espécie de fungo. O material coletado será fotografado e identificado com ajuda de especialistas. Os dados levantados serão apresentados em um folder com informações sobre a reserva, o percurso ecológico noturno e as espécies que podemos encontrar ao longo da trilha. Nossa perspectiva é que o folder sirva de material de apoio e divulgação para os guias turísticos da região.
Equipe
Nossa equipe conta com profissionais pertencentes ao quadro de servidores da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), altamente qualificados em suas áreas de atuação, além da participação de discentes voluntários de extensão universitária e colaboradores convidados.
Simone Policena Rosa. Docente da Universidade Federal de Itajubá, Bióloga, doutora na área de Zoologia, colaboradora do TrilhaZ, neste projeto atua no estudo dos insetos bioluminescentes.
Thiago Vernaschi Vieira da Costa. Docente da Universidade Federal de Itajubá, Biólogo, doutor na área de Zoologia, colaborador do TrilhaZ, neste projeto atua no estudo das aves noturnas.
Alexandre Magno Batista Machado. Técnico da Universidade Federal de Itajubá, Biólogo, Especialista em fungos, colaborador do TrilhaZ, neste projeto atua no estudo dos fungos bioluminescentes.
Alexander Lisbôa Silveira. Graduando em Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Itajubá, colaborador voluntário do TrilhaZ, neste projeto atua na área de Engenharia Ambiental, com ênfase em Pesquisa de Campo para Educação Ambiental.
Henrique Trolez. Graduando em Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Itajubá, colaborador voluntário do TrilhaZ, neste projeto atua na área de Engenharia Ambiental, com ênfase em Pesquisa de Campo para Educação Ambiental.
Matheus Henrique Siqueira Oliveira. Graduando em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Itajubá, colaboradora voluntária do TrilhaZ, neste projeto atua na área de Biologia, com ênfase em Pesquisa de Campo para Educação Ambiental.
Thaynara Aparecida Silva Marinho. Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Itajubá, colaboradora voluntária do TrilhaZ, neste projeto atua na área de Biologia, com ênfase em Pesquisa de Campo para Educação Ambiental.
Paulo Junior Mota Maia. Graduando em Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Itajubá, colaborador voluntário do TrilhaZ, neste projeto atua na área de Engenharia Ambiental, com ênfase em Pesquisa de Campo para Educação Ambiental.
Flávio Calado. Biólogo, atua na Secretaria do Meio Ambiente de Cristina (MG), neste projeto atuou na área de Biologia e da gestão da reserva.
Davi Paiva Meloni. Graduando em Ciências Atmosféricas na Universidade Federal de Itajubá, colaborador voluntário do TrilhaZ, neste projeto colaborou nas atividades de campo.
Luiz Gustavo Oliveira. Graduando em Ciências Atmosféricas na Universidade Federal de Itajubá, colaborador voluntário do TrilhaZ, neste projeto colaborou nas atividades de campo.
Marcela Ortega Pansanato. Graduanda em Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Itajubá, colaboradora voluntária do TrilhaZ, neste projeto colaborou nas atividades de campo.
Maria Eduarda Celeste Ramalho. Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Itajubá, colaboradora voluntária do TrilhaZ, neste projeto colaborou nas atividades de campo.
Eu não era apenas uma observadora, eu estava na cena. Com o TrilhaZ eu aprendi que devo ter uma ação ativa na luta pela proteção de nós, não só "deles" de nós mesmos. Dizem no curso da licenciatura que o PIBID é o grande arrebatador da docência, mas pra mim foi o TrilhaZ, aprendi que posso ser uma boa divulgadora do que eu amo.
Thaynara Aparecida Silva Marinho
Licenciatura em Ciências Biológicas
O Trilhaz sem dúvida contribuiu muito na minha formação. Academicamente, os projetos mostraram ser uma ferramenta importantíssima, foi neles que desenvolvi minha comunicação, escrita, criticidade dentre outros aspectos. Porém muito mais que só uma formação acadêmica, o TrilhaZ me possibilitou contato com pessoas, e todo o trabalho em equipe, momentos, conversas, reuniões, me acrescentou muito.
Luiz Gustavo de Oliveira
Ciências Atmosféricas
Vivenciei experiências novas e ultrapassei desafios pessoais grandes em apenas um ano. Evolui em trabalhar com equipe, dividir opiniões, aprender a ouvir e também a expressar minhas ideias sem julgamentos, além de aprimorar a comunicação com a comunidade fora da Universidade.
Marcela Ortega Pansanato
Engenharia Ambiental
Além de contribuir para o meu currículo acadêmico, o que mais valeu para mim participar deste projeto da Biodiversidade Noturna do TrilhaZ, foi a experiência de realizar trilhas nas noites escuras de uma reserva de mata fechada, algo que particulamente me deixadava receioso, e imaginava ser algo sem graça e perigoso. Entretanto, ao efeturar esssas excursões, notei o quão belo e magnífico pode ser realizar uma trilha durante a noite se bem acompanhado e guiado por ótimos profissionais como foi a Dra. Simone e Dr. Thiago, descobrindo muitas informações super interessanres de animais encontrados apenas no período noturno nas florestas.
Matheus Henrique Siqueira Oliveira
Licenciatura em Ciências Biológicas