Projeto 4: Cultura e Meio Ambiente nos Meandros do Alto Sapucaí
Período: 01/04/2022 a 31/12/2022
Local de realização: Itajubá, Piranguinho, Santa Rita do Sapucaí - MG
Responsáveis: Rafael de Paiva Pereira Thiers Vieira (Coordenador) e Paulo Cezar Nunes Junior (Coordenador Adjunto)
Resumo
A partir de ações de educação socioambiental, o projeto tem por objetivo geral diagnosticar, organizar e divulgar informações sobre um trecho navegável do Rio Sapucaí, auxiliando na preservação de seu patrimônio ambiental natural e patrimônio cultural imaterial. Localizado nos limites geográficos dos municípios de Campos do Jordão, Piranguçu, Wenceslau Braz, Itajubá, Piranguinho, São José do Alegre e Santa Rita do Sapucaí, o Alto Sapucaí será o foco desta ação de extensão, em especial o trecho de, aproximadamente, 60 km, entre Itajubá e Santa Rita do Sapucaí. O projeto está previsto para ocorrer, em sua maioria, de forma presencial. Entretanto, sua execução poderá ser adaptada para híbrida, a depender das condições sanitárias vigentes. Do ponto de vista metodológico, estão previstas 5 fases de ação e 5 ações permanentes, distribuídas ao longo de 9 meses de trabalho, todas elas com resultados esperados correspondentes aos seus objetivos fins: Fase 1 - Aproximação com o campo; Fase 2 - Reconhecimento e diagnóstico do trecho navegável do Alto Sapucaí (Itajubá-Santa Rita do Sapucaí); Fase 3 - Inventário e organização de informações; Fase 4 - Diagramação da Cartilha de Navegação Rio Sapucaí; Fase 5 - Lives de divulgação dos resultados. Como ações permanentes estão previstas 2 publicações acadêmicas (1 artigo científico e 1 apresentação oral em evento científico); participação dos bolsistas e eventuais ouvintes externos nas disciplinas de graduação EDU012 (Cultura e Território I), EAM004 (Recuperação de Áreas degradadas) e BLI016 (Educação Ambiental e Prática Pedagógica); a orientação dos bolsistas de graduação; divulgação de notícias no website e redes sociais e, por último, a avaliação do projeto como um todo, em três fases (processual, parcial e final).
Produto Final
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Ponte em Olegário Maciel, Piranguinho-MG.
Fim da 2ª Expedição, Santa Rita do Sapucaí-MG.
Resultado Expandido
Conforme previsto no Plano de Ação, o projeto foi executado com a divisão administrativa de 5 fases e 5 ações permanentes, as quais aconteceram ao longo de 9 meses de trabalho. Abaixo, seguem as descrições de cada uma delas:
Fase 1 - Aproximação com o campo
Período de Execução: 1 mês (abril)
Iniciamos esta fase com reuniões da equipe de trabalho para definição de atribuições e prazos. Executamos o processo seletivo para contratação de dois bolsistas seguindo os devidos procedimentos administrativos via edital público, conforme a Norma de Bolsa de Extensão da Unifei.
Estabelecemos contato com grupos que já desenvolveram ações semelhantes para compartilhamento de informações e experiências; e para evitar redundância nos trabalhos de campo naquilo que se refere ao acercamento do objetivo principal do projeto.
A equipe prospectou referencial bibliográfico por meio de uma revisão inicial em artigos científicos e materiais complementares (vídeos, sites e livros), encontrando sete abordagens diferentes dentro da mesma área temática do projeto atual: 1) Socioambiental, que envolve acervo histórico e cultural; 2) Navegação, que se relaciona ao potencial de navegabilidade do rio; 3) Solo, que avalia o uso do solo no entorno do curso do rio; 4) Flora, que estuda a vegetação ciliar às margens do rio; 5) Água, que pesquisa características físico-químicas, distribuição do zooplâncton e descarte de resíduos; 6) Problema Ambiental, que disserta sobre enchentes, erosão e assoreamento; e 7) Educação Ambiental, que propõe iniciativas educativas.
Fase 2 – Reconhecimento e diagnóstico do trecho Rio Sapucaí Itajubá - Santa Rita do Sapucaí
Período de Execução: 2 meses (maio e junho)
A equipe organizou e executou atividades teórico-práticas de remo em caiaque, com destaque para medidas de segurança e noções básicas de primeiros socorros aquáticos (com o apoio operacional dos técnicos integrantes da equipe).
Nesta fase foi feito o reconhecimento e diagnóstico por parte da equipe gestora com o objetivo de caracterizar e criar um plano de catalogação de dados iniciais para a criação da Cartilha de Navegação - Rio Sapucaí (reconhecimento e georreferenciamento de espécies de fauna e flora, quadros de interpretação histórico-cultural, banco de imagens, mapas de percurso e gerenciamento de riscos).
No dia 09 de junho, quinta-feira, foi realizada uma expedição via terrestre para levantamento de pontos de acesso ao Rio Sapucaí no trecho Itajubá-Santa Rita do Sapucaí para embarque/desembarque de embarcações. Tal levantamento viabilizou o planejamento logístico das missões do projeto.
No dia 25 de junho, sábado, foram percorridos 21,65 km divididos em dois trechos: Trecho 1 (8,75 km) - saída da ponte de ligação do bairro Santa Rosa (Itajubá) à rodovia MG-459 (Google Maps), com destino à ponte de ligação do bairro Santos Dumont (Itajubá) à rodovia MG-459 (Google Maps); e Trecho 2 (12,9 km) - saída da ponte de ligação do bairro Santos Dumont (Itajubá) à rodovia MG-459, com destino à passarela de ligação da estrada do Mourão (Piranguinho) à rodovia MG-459 (Google Maps).
No dia 26 de junho, domingo, percorremos 33,4 km novamente divididos em dois trechos: Trecho 2 (24,3 km) - saída da ponte em Olegário Maciel, Piranguinho, com destino ao “Ponto Y”, um acesso marginal aberto por uma draga (Google Maps); e Trecho 3 (18,9 km) - saída do “Ponto X”, com destino à ponte José Almeida Neves em Santa Rita do Sapucaí (Google Maps).
Entre os dois dias foi necessário adaptar o roteiro planejado de acordo com o desempenho dos 21,65 km observados no primeiro dia.
Leia o Relato da Expedição nas palavras do coordenador Rafael Vieira (clique aqui).
Fase 3 - Inventário e organização de informações
Período de Execução: 2 meses (junho e julho)
Nesta fase estão sendo recolhidas informações relevantes para a elaboração de conteúdo (texto e imagem) sobre educação ambiental, memórias e história ambiental do Rio Sapucaí, por meio de possíveis pesquisas em arquivos, conversas informais e/ou entrevistas semiestruturadas com moradores e pessoas relevantes ligadas à cultura, história e questões ambientais dos municípios referentes ao trecho alvo do projeto (para tal, será criado um plano de trabalho específico a posteriori, entre o bolsista responsável e equipe coordenadora do projeto).
No que se refere aos dados sobre desastres naturais, pretende-se: i) Analisar a frequência; ii) Identificar quais deles ocorreram devido às cheias do Rio Sapucaí e relacioná-los com relatos de possíveis entrevistados; iii) Identificar causas potenciais desses desastres. Estes e os demais dados catalogados na fase descrita anteriormente serão organizados em pequenos textos, infográficos e mapas temáticos, os quais servirão de base para a criação da referida cartilha.
Fase 4 - Diagramação da Cartilha de Navegação Rio Sapucaí
Período de Execução: 2 meses (agosto e setembro)
Esta fase será inteiramente dedicada à diagramação da “Cartilha de Navegação Rio Sapucaí” destinada à comunidade em geral (estudantes de ensino médio, ensino superior e pessoas interessadas). Os bolsistas responsáveis pela ação desenvolverão, junto aos demais integrantes da equipe, soluções gráficas para apresentação dos dados levantados pelo projeto (reconhecimento de espécies de fauna e flora, quadros de interpretação histórico-cultural, banco de imagens, mapas georreferenciados de percurso, gerenciamento de risco e desastres naturais, entre outros). O produto final será distribuído digitalmente para as escolas da cidade e demais instituições/contatos de interesse.
Fase 5 - Live de divulgação dos resultados
Período de Execução: 1 mês (outubro)
Nesta última fase será organizada um encontro virtual (live) para apresentação dos resultados e da cartilha à comunidade. Estão previstos 4 participantes, a serem escolhidos futuramente, a partir do engajamento dos membros da equipe e dos atores envolvidos durante a execução do projeto.
Ação Permanente 1 - Produção Acadêmica
Período de Execução: 8 meses (maio a dezembro)
Nesta ação, os bolsistas selecionados e a equipe ligada ao projeto ficaram responsáveis por leituras de apoio e preparação da produção científica que será desenvolvida a partir do passo a passo de implementação do projeto, a saber: 1 artigo científico (revista a definir) e 1 apresentação oral em evento científico (evento a definir). Vale ressaltar que a participação nos eventos está condicionada a questões logísticas, condições sanitárias e orçamentárias envolvendo universidade e equipe executora.
Ação Permanente 2 - Ensino (Disciplinas de Graduação)
Período de Execução: 9 meses (abril a dezembro)
Os bolsistas participantes do projeto foram convidados a apresentar o projeto nas disciplinas de graduação EDU012 (Cultura e Território I), EAM004 (Recuperação de Áreas degradadas) e BLI016 (Educação Ambiental e Prática Pedagógica). Tal curso visa integrar estudantes de diferentes cursos da Unifei em debates interdisciplinares em torno dos temas cultura, território e meio ambiente. As atividades serão conduzidas no formato seminário, seguido de debate.
Ação Permanente 3 - Orientação de Bolsistas
Período de Execução: 8 meses (maio a novembro)
Esta ação é dedicada às atividades de orientação dos 2 bolsistas vinculados ao projeto, dentro da carga horária de 12 horas semanais previstas pelas normativas institucionais. O professor orientador irá elaborar o plano de trabalho em conjunto com os bolsistas, bem como acompanhar sua execução e redação de relatórios de avaliação.
Ação Permanente 4 - Divulgação de notícias no website e redes sociais
Período de Execução: 9 meses (abril a dezembro)
Esta ação dedica-se a atividades de divulgação das atividades do projeto. Os bolsistas responsáveis estão produzindo posts semanais para o Instagram oficial do projeto (@trilhaz) e, além disso, auxiliará na produção de conteúdo para o alimentar a aba de notícias e aba específica do projeto no website do TrilhaZ (www.trilhaz.com.br)
Ação Permanente 5 - Avaliação
Período de Execução: 9 meses (abril a dezembro)
A avaliação do programa está sendo feita a partir de três estratégias distintas, conforme detalhadas a seguir:
a) Avaliação Processual, a ser realizada em encontros quinzenais de planejamento e feedback entre a equipe gestora e os agentes de diálogo do município participante;
b) Avaliação Parcial, a ser realizada ao término de cada uma das seis fases de desenvolvimento do programa, por parte da equipe gestora, enfatizando os aspectos negativos/positivos, indicadores estabelecidos no passo a passo de cada uma das fases e pontos de atenção para as fases subsequentes;
c) Avaliação Final, a ser realizada ao término dos nove meses de implementação do programa, por parte da equipe gestora, com discussão detalhada sobre os resultados alcançados. Serão avaliados os resultados obtidos quanto aos aspectos físicos (reconhecimento, diagnóstico e sinalização da trilha) e aos demais aspectos relacionados à cultura e educação socioambiental, temas centrais do referido projeto. A avaliação final compreende também a redação do relatório final de atividades do projeto, a ser submetido para a análise e aprovação da unidade acadêmica e da Pró-Reitoria de Extensão após o término do projeto. Por fim, vale lembrar que as ações descritas nesta seção metodológica estão citadas e detalhadas, atividade por atividade, em aba específica prevista no sistema SIGA-A.
Materiais e equipamentos de primeiros socorros.
Aula teórico-prática de remo em caiaque.
Equipe
Nossa equipe conta com profissionais pertencentes ao quadro de servidores da
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), altamente qualificados em suas áreas de atuação,
além da participação de bolsistas de extensão universitária, colaboradores convidados e voluntários.
Paulo Cezar Nunes Junior - Coordenador Adjunto
Docente na Universidade Federal de Itajubá, Profissional de Educação Física, Especialista na área de Estudos Culturais em interface com a Educação, Mestre em Lazer e Sociedade, Doutor em Sociologia, Cofundador e Idealizador do TrilhaZ, neste projeto atua na Coordenação Geral e no Resgate da Cultura e Patrimônio.
Currículo
Contato
Alexandre Germano Marciano - Colaborador
Técnico de Laboratório na Universidade Federal de Itajubá, Administrador, Mestre em Engenharia Hídrica, Doutorando em Ciências em Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Colaborador do TrihaZ, neste projeto atua com Apoio Logístico em Expedições de Campo e Hidrologia.
Currículo
Contato
Galeria: Rio Sapucaí
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Sapucaí - Trecho urbano em Itajubá 5 | Final - Santa Rita do Sapucaí |