Observação de aves em expedição de campo.
Linha 6
Objetivo geral: utilizar a prática da observação de animais como ferramenta para a reconexão ambiental e sensibilização para a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, com ênfase na observação de aves.
Coordenador: Thiago Vernaschi Vieira da Costa
Currículo
Contato
Resumo: as aves representam um dos grupos animais mais bem conhecidos e estudados. Seus hábitos conspícuos e plumagens frequentemente vistosas fazem desse grupo muito popular e familiar à espécie humana. De fato, as aves estão conectadas à nossa espécie há milhares de anos e sempre tiveram uma presença notável ao longo do desenvolvimento das nossas sociedades. Além de sua reconhecida importância ecológica e como provedoras de serviços ecossistêmicos importantes, as aves estão também bastante presentes na arte, literatura, música e folclore. Essa relação histórica de proximidade atinge, atualmente, uma outra dimensão por meio da prática da observação de aves na natureza. Essa atividade ao ar livre é uma das que mais crescem no mundo, com estimativas de cerca de 100 milhões de praticantes. Além dos inúmeros benefícios à saúde física e psicológica dos praticantes, essa atividade movimenta uma economia bastante relevante relacionada ao turismo de natureza, viagens e vendas de equipamentos e acessórios. Os projetos neste tema visam implementar a observação de aves como estratégia de sensibilização para a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, incentivando a sua prática para diferentes públicos e estimulando a economia por meio do turismo de natureza.
Indivíduo de quete-do-sudeste (Microspingus lateralis),
espécie típica de Mata Atlântica bem preservada
Indivíduo fêmea de saíra-amarela (Stilpnia cayana),
espécie frugívora que habita bordas de floresta
Resultados preliminares (Trilha em Delfim Moreira - MG): a composição da avifauna presente ao longo do percurso é composta por uma diversa comunidade de espécies, as quais são típicas de áreas mais preservadas, como na porção inicial da trilha e próximo ao mirante do balanço infinito e, também, naquelas de áreas abertas, como observado ao longo da estrada que dá acesso ao balanço infinito e próximo às ruínas do antigo sanatório. Em uma análise realizada no dia 09 de agosto de 2021, na porção inicial da trilha, foi possível registrar espécies como a choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens), o borboletinha-da-mata (Phylloscartes ventralis), o tangará (Chiroxiphia caudata), o pula-pula (Basileuterus culicivorus) e o pula-pula-assobiador (Myiothlypis leucoblephara). Em uma visita à região das ruínas do sanatório e ao mirante do balanço infinito, no dia 15 de setembro de 2021, foram registradas espécies como matracão (Batara cinerea), maria-preta-de-penacho (Knipolegus lophotes), saíra-amarela (Stilpnia cayana) e o quete-do-sudeste (Microspingus lateralis), este último, endêmico das montanhas do sudeste brasileiro, ocorrendo normalmente acima dos 900 metros de altitude.
Galeria do Projeto 4
Prof. Thiago Costa | Saíra-amarela fêmea - Trilha 1 - Delfim Moreira/MG | Prof. Thiago Costa |
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Quete-do-sudeste - Trilha 1 - Delfim Moreira/MG |